Aionan Brito acredita que cada mulher carrega uma singularidade única e é isso que sua fotografia de marca pessoal captar.Na experiência do ensaio, criando um espaço seguro para que cada uma se veja com verdade e se reconheça. Com o método New Brand, inspira mulheres a romper padrões e se posicionar com autenticidade.
Mais que fotos, são encontros com quem você realmente é.
Como surgiu essa ideia de negócio?
A fotografia entrou na minha vida por acaso e pela maternidade. Comecei registrando os mesversários da minha filha, usando a câmera do meu esposo, que é Videomaker. Logo, outras mulheres do bairro começaram a me chamar para fazer fotos..
Com o tempo, quis ir além investi em cursos, aprendi sobre edição e entendi que a fotografia poderia ser um negócio de verdade e um instrumento de liberdade.
Sem grandes recursos, montei meu primeiro estúdio na garagem dos meus pais, com um fundo preto, uma softbox e uma banqueta emprestada do restaurante do meu pai. Foram mais de 30 mulheres fotografadas naquele espaço e ali nasceu meu propósito de criar experiências que fizessem cada mulher se enxergar com verdade e poder.
Meu primeiro estúdio alugado veio como um ato de fé, sem nenhuma prospecção de clientes, assinei um contrato de 6 meses apenas com coragem. E, com o apoio da minha família, construí meu estúdio próprio, onde hoje vivo o que antes parecia um sonho distante.
A partir daí, mergulhei de vez no branding e posicionamento feminino, entendendo que a fotografia é também uma ferramenta de empoderamento e expressão.
Hoje, ajudo mulheres a se verem e se mostrarem com autenticidade transformando a imagem em identidade e propósito.
O que te moveu a transformar essa ideia em ação?
Um incômodo. Eu percebia que muitas empreendedoras buscavam fotos “de autoridade”, todas muito parecidas blazer, batom vermelho, mão no queixo. Mas aquilo não refletia quem elas realmente eram. Eu queria algo mais verdadeiro. Queria que cada mulher se reconhecesse nas próprias fotos.
E assim que nasceu o método New Brand, um convite para desmistificar a ideia de que se posicionar é seguir um modelo pronto. Passei a criar cenários mais leves, espontâneos e autênticos, onde cada mulher pudesse se mostrar como é, e não como achava que precisava ser.
Para mim, posicionamento é a verdade: é se mostrar de forma autêntica. A marca pessoal é a percepção que as pessoas têm de você, e o posicionamento é o que molda essa percepção. Por isso, acredito que devemos nos mostrar de forma verdadeira, independentemente de estilo de roupa, maquiagem ou aparência. E foi justamente esse propósito que me moveu a transformar a fotografia em ação. A marca pessoal é o que o mundo enxerga, mas o posicionamento é o que escolhemos mostrar e isso só faz sentido quando é real.
Esse propósito de revelar a autenticidade de cada mulher é o que me move todos os dias e o que transformou minha fotografia.
Quais foram os maiores desafios que você enfrentou nesse caminho, e como superou?
Confesso que, ao longo desse caminho, também me perdi um pouco dentro da ideia de “posicionamento”. Conheci muitas profissionais, participei de mentorias e comunidades incríveis, mas, em meio a tantas referências, acabei me afastando da minha própria essência. Criei um posicionamento que, na prática, não refletia mais quem eu realmente era. Esse foi um dos meus maiores desafios, manter a autenticidade enquanto crescia como marca e profissional. Eu queria inspirar outras mulheres a se mostrarem com verdade, mas percebia que, em alguns momentos, eu mesma não estava me permitindo ser totalmente autêntica.
Que poder essa ideia gerou em você e no mundo ao seu redor?
O poder de ser quem eu sou, de me sentir livre. Hoje, minha fotografia carrega essa liberdade, essa leveza e verdade que encontrei em mim mesma. Acredito que, quando uma mulher se permite ser vista como realmente é, algo muda ao redor dela. Se ela se posiciona com autenticidade, sem se prender a padrões, isso se reflete na forma como o mundo a enxerga.
E é aí que o verdadeiro poder acontece, quando a imagem deixa de ser só estética e passa a expressar essência, confiança e verdade.
O que você não sabia quando começou e, se soubesse, teria feito diferença?
A importância de direcionar minhas clientes desde o início. No começo, eu realizava ensaios sem um alinhamento claro, e muitas vezes não me sentia totalmente conectada com o resultado. Não era sobre técnica ou fotografia, mas sobre propósito. Eu dizia: “Se você não tem um blazer, não compre para o ensaio. Você precisa se reconhecer nas fotos.” Mesmo assim, muitas ainda traziam referências prontas, presas a padrões, e eu não tinha um posicionamento firme o suficiente para conduzir esse processo com clareza. Hoje, entendo que posicionar é também educar com sensibilidade, mostrar que a fotografia é sobre essência, não sobre aparência. Se eu tivesse tido essa consciência lá no início, teria ajudado muitas mulheres a viver uma experiência ainda mais verdadeira.
Que legado você quer deixar para que outras mulheres se inspirem em você?
Meu legado é inspirar mulheres a se verem com verdade. Quero que entendam que o posicionamento não está em seguir um padrão, mas em revelar quem realmente são.
A fotografia, pra mim, é só o ponto de partida para despertar autenticidade, liberdade e expressão. Em um mundo cheio de tendências e pressa, quero que minhas clientes encontrem um espaço de pausa, onde possam se reconhecer e se mostrar com leveza. Se eu puder deixar algo, que seja isso. A certeza de que ser autêntica é o posicionamento mais poderoso que existe.


