Midiam Rodrigues construiu uma trajetória empreendedora que nasce do propósito e se sustenta na transformação real de vidas. Especialista em Desenvolvimento Infantil, analista comportamental, educadora emocional, escritora, treinadora e palestrante, ela reúne uma ampla experiência na educação infantil e uma visão profundamente humanizada sobre o desenvolvimento das crianças. Fundadora da Creche Laboratório Mundo Divertido e idealizadora do projeto Meu Jeitinho de Ser, Midiam combina fé, afeto e firmeza para criar ambientes que acolhem, educam e expandem potencialidades.
Graduanda em Psicopedagogia, com formações em inteligência emocional, liderança e neuroeducação, ela também é criadora da técnica 3P – Pausa, Presença e Propósito, que orienta famílias e educadores na construção de relações mais conscientes e equilibradas. Inspirada pela crença de que a inteligência emocional começa no berço e que decisões assertivas nascem de emoções reguladas, Midiam revela em sua caminhada o poder de empreender com propósito, sensibilidade e impacto. É dessa história inspiradora que ela compartilha nesta entrevista:
Como surgiu a ideia do seu negócio?
A ideia surgiu da minha vivência com as crianças e da dor de perceber que muitas delas estavam crescendo sem aprender a lidar com as próprias emoções. Eu via isso nas escolas, nas famílias e até nos profissionais da educação. Então, decidi unir tudo o que vivi, estudei e acreditei para criar algo que realmente transformasse vidas desde a infância: a Mundo Divertido, que mais tarde deu origem a projetos como Cuidar com Propósito e Meu Jeitinho de Ser.
O que te moveu a transformar essa ideia em ação?
O que me moveu foi o propósito. Eu sabia que não podia mais apenas falar sobre o que acreditava, eu precisava agir. E foi o amor pelas crianças, o desejo de preparar uma geração emocionalmente saudável e espiritualmente firme que me impulsionou. Cada sorriso de uma criança e cada depoimento de uma mãe ou professora foram o combustível para continuar.
Quais foram os maiores desafios e como superou?
Foram muitos… O medo de não dar certo, a falta de recursos, o julgamento de quem não entendia o propósito. Houve momentos de cansaço, de querer parar. Mas eu sempre lembrava que não era só sobre mim, era sobre um chamado. Superei com fé, com resiliência e com a certeza de que Deus me escolheu para isso. Cada desafio se tornou aprendizado e base para o crescimento.
Que poder essa ideia gerou em você e no mundo ao seu redor?

Ela me transformou. Trouxe cura para a mulher, mãe e educadora que eu sou. E também trouxe transformação para muitas famílias, escolas e profissionais que encontraram um novo olhar sobre o cuidar e o educar. Hoje, vejo o impacto dessa ideia se multiplicando, e isso me mostra que valeu a pena cada passo.
O que você não sabia quando começou e, se soubesse, teria feito diferença?
Eu não sabia que o processo seria tão interno. Achei que seria apenas sobre ensinar os outros, mas entendi que primeiro eu precisava me curar, me conhecer e me reconstruir. Se eu soubesse disso, teria acolhido minhas próprias emoções com mais leveza no início porque tudo começa dentro da gente.

O que você quer deixar como legado para as mulheres se inspirarem em você?
Quero deixar o legado de que é possível recomeçar, de que propósito e maternidade podem caminhar juntos, e de que Deus usa nossas dores como pontes para alcançar outras pessoas. Que as mulheres entendam que não precisam ser perfeitas para gerar impacto, precisam apenas ser verdadeiras e caminhar com fé. Porque quando uma mulher se cura, ela transforma gerações. E foi isso que aprendi nesse caminho: o amor é a base de toda educação emocional, e é dele que nasce a transformação que o mundo precisa


